Não fui eu

Publicitário ruim tinha que ir pra Cuba cortar cana!

O fotógrafo Cubano nascido Alberto Dias Gutierrez conhecido como Alberto Korda tornou-se uma celebridade mundial por conta de seu instantâneo de Che Guevara feito no dia 5 de março de 1960 em Havana. A magnetizante foto do cabeludo correu o mundo e até hoje é considerada uma das imagens mais difundidas dos tempos modernos, só perdendo para a imagem de Cristo, segundo divulgou a Revista Paris Match em 1967. Mas, a foto de Korda só virou um verdadeiro "hit" mesmo depois que o artista plástico irlandês Jim Fitzpatrick criou uma pintura em monotipia baseada na foto. A ilustração estilizada de Che foi parar em estampas de biquines, camisetas, bandeiras, muros, cuecas, bottons, quadros, canecas, toalhas e o escambau. Até o esculhambado Maradona mandou tatuar a face do compatriota em seu corpanzil de contornos cetáceos. A ilustração de Che, assim como sua famosíssima frase "hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamas!", já se prestaram a todo tipo de papel, mas nesse anúncio da fabricante de Computadores Microboard a absoluta falta de pertinência e sentido faz com que as referências ao guerrilheiro se tornem meras piadinhas bobocas. O vínculo conceitual que se tentou estabelecer entre Che e a Microboard é idiota, pueril e desengonçado. Companheiros! Hay que criar pero sin perder la "noción" de ridiculo. Publicitário ruim tinha que ir pra Cuba cortar cana. Se não prestassem pra bóias frias deviam encarar o paredón.